terça-feira, 15 de novembro de 2011

E vai

Oh pobre menina! Tão branca e ingénua; iludia-se com simples sorrisos, olhares ou gestos; fingia ser forte mas era extremamente frágil (ninguém percebia isso). Que menina estranha! Esperava por coisas que talvez nem iriam chegar e procurava coisas que talvez nem existiam. Sozinha, pensava, pensava... Era uma apaixonada, mas fugia do amor por medo; medo este que percorria todo o seu corpo com a força de uma corda no pescoço de um executado. Gostava do céu à noite e do céu de dia. Chorava quando chovia para que as lágrimas se camuflassem. E, enquanto caminhava junto ao passeio molhado, sussurrava palavras para si mesma: “Um dia vais ser reconhecida”.

E vai...

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